Atrás do Crime - conquistando os leitores do Brasil

Atrás do Crime - book trailer

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Especial Dan Brown - segredos do sucesso

   

  Quem leu O Código da Vinci e não se apaixonou pelo estilo deste que, ao meu ver, é um dos maiores escritores de ação de todos os tempos? Autor de Anjos e Demônios, Ponto de Impacto, Fortaleza Digital, Inferno e O Símbolo Perdido, suas obras já foram publicadas em 54 línguas e 200 milhões de cópias já foram impressas.

     Quem me conhece, sabe que não sou muito fã de best sellers. Geralmente, os escritores que o mercado elege como excelentes não me atraem muito com sua “arte”, mas garanto: Dan Brown é o cara! E inúmeras razões me levam a concluir isso.

     Primeiro, antes de criar o universo ficcional, Dan Brown (e sua equipe atual de trabalho) pesquisam exaustivamente. O cenário escolhido frequentemente é o real e não existe como mero pano de fundo. Muitas vezes, o cenário é mais importante que o protagonista, e, por isso, o narrador o descreve fielmente em todos os aspectos: histórico, cultural, social. Isso, por si só, já torna a obra de Dan Brown diferente em termos estéticos, afinal, a estratégia possibilita que o leitor conheça a fundo o local e saiba que ele não foi eleito pelo escritor por mero acaso.

     Em Inferno, por exemplo, somos levados a um passeio incrível por Florência e, definitivamente, somos informados de muitos segredos que o lugar esconde. Enquanto eu estava na Galeria Uffizi, apreciando as obras de arte ao vivo e em cores (as mesmas obras que podiam ser encontradas na Bíblia coloridíssima de minha família), não parava de pensar: haverá passagem secreta neste lugar, levando-me a ponte Vecchio? Ou a algum outro ponto da cidade? Pois Dan Brown desvela esse e outros segredos; e, para isso, precisa pesquisar muito. A impressão que o leitor tem, portanto, é a de que o enredo foi parcialmente planejado antes de o autor começar a escrever. Dan Brown sabe onde pretende chegar antes de escrever as primeiras linhas da ficção e trata de dominar bem o assunto antes de partir para a aventura.

     Outra estratégia crucial que faz com que sua narrativa nos deixe sem fôlego:  capítulos curtos, intercalados com a fala do narrador e a dos personagens (lembre-se de que quando os personagens falam, a narrativa ganha mais rapidez e agilidade) e que se encerram com uma frase bombástica que deixa o leitor em alerta de que algo acontecerá no próximo capítulo. Se você tiver algum livro do Dan Brown em mãos, pode conferir o final de cada parte. Cito O Símbolo Perdido como exemplo: “Você logo perderá tudo o que lhe é mais precioso” (p. 13). Ou então, “E agora, finalmente, seu último peão havia entrado no jogo” (p.21). São frases de impacto, percebe? Curtas, porém ameaçadoras, levando o leitor a uma pequena descarga de adrenalina.

     Obviamente, essa não é uma estratégia somente deste escritor. Outros bem antes dele já a utilizavam para criar uma atmosfera de suspense e perigo, mas não tratemos disso agora, não é? Por ora, concentremo-nos neste autor maravilhoso, na certeza de que, em suas obras, teremos contato com um trabalho bastante sério, com uma pesquisa (de campo e bibliográfica) incansável e com um enredo eletrizante, rico culturalmente e geograficamente. Por fim, também seremos agraciados com um herói bem realista, sem super-poderes e sem ser indestrutível, mas com um intelecto que desafia desmantelar os planos maquiavélicos de muitos vilões, desmascarados somente no desfecho da narrativa.



FORTALEZA DIGITAL - SINOPSE

Brown mergulha no intrigante universo dos serviços de informação e ambienta sua história na ultra-secreta e multibilionária NSA, a Agência de Segurança Nacional americana, mais poderosa do que a CIA ou qualquer outra organização de inteligência do mundo.

Quando o supercomputador da NSA, até então considerado uma arma invencível para decodificar mensagens terroristas transmitidas pela internet, se depara com um novo código que não pode ser quebrado, a agência recorre à sua mais brilhante criptógrafa, a bela matemática Susan Fletcher.

Presa numa teia de segredos e mentiras, sem saber em quem confiar, Susan precisa encontrar a chave do engenhoso código para evitar o maior desastre da história da inteligência americana e para salvar a sua vida e a do homem que ama.

FORTALEZA DIGITAL – CURIOSIDADES


    Primeiro livro do autor, ainda não tinha o professor Robert Langdon como protagonista. Ainda assim, já se nota a habilidade de Dan Brown de chegar à pessoa certa e arrancar dela informações secretas, tão protegidas por governos do mundo todo. No livro, há muito detalhe técnico da área de informática, mas a compreensão em nada fica prejudicada pelos leigos (como eu) no assunto, já que o autor tem aptidão em escrever com uma linguagem fluida e envolvente. 




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     Até a próxima!

     Por Cristiane Krumenauer
(autora de Atrás do Crime, Chamas da Noite 
e da série de suspense Contos da Namíbia)




segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Difundindo o trabalho pelo Brasil


Olá, amigos do blog. Aqui, acompanhem a entrevista dada à revista Arca Literária. Discuto sobre a tendência da literatura atual brasileira e sobre a obra Atrás do Crime, explicando por que esse livro tem conquistado o coração dos leitores. Se gostarem, comentem. Se não gostarem, também kkk. Grande beijo.

Entrevista ao Arca Literária

Book trailer da série Contos da Namíbia


O Caso dos Números, de Gunther Schmidt de Miranda

Olá, amigos e leitores. Hoje, gostaria de lhes apresentar O CASO DOS NÚMEROS (Ed. Verve, 2016), do escritor Gunther Schmidt de Miranda. Aliás, esta não é a primeira obra do autor – ele já havia lançado O Caso Helena, em 2014, pela mesma editora, e, em ambos os livros, conhecemos as enrascadas do inspetor Marlos, um policial honesto, obcecado pelo trabalho, cercado de amigos e, é claro, de inimigos que se sentem ameaçados pela astúcia do investigador. 
Em O Caso dos Números, é um serial killer que manipula todo um sistema para colocar Marlos no próprio encalce. O assassino é inteligente e pesquisa tudo sobre suas vítimas de modo a utilizar esse conhecimento a seu favor. Após a morte de cada uma delas, escreve seu romance policial, onde descreve com minúcia e crueldade como o crime ocorreu. Um detalhe importante: todas as vítimas também eram escritores e morrem de forma semelhante a um dos personagens que criaram.
A missão de Marlos, então, é bastante desafiadora: cabe a ele se antecipar ao assassino. Só assim será capaz de desvendar a misteriosa identidade do malfeitor e parar, de uma vez por todas, com a loucura sanguinária do psicopata.
Assim, o leitor embarca na investigação como numa viagem sem volta, acompanhando os passos de Marlos e seguindo seu raciocínio. Os diálogos tornam a leitura bastante ágil e as descrições são feitas na medida certa – sem cansar e sem serem muito reduzidas.
Certamente, devo considerar Gunther um ótimo colega no mundo artístico do romance policial. Mais uma prova de que a literatura nacional tem muito a contribuir e de que podemos, sim, abastecer a estantes dos queridos leitores de nosso país sem dependermos do exterior! Literatura nacional – eu acredito, sim, e tenho razões óbvias para nunca deixar de acreditar!